
O aparelho de medida consiste em uma câmara de ar chata e inflável, que deve contornar o braço do paciente logo acima do cotovelo, associado a uma bombinha manual. Essa câmara chama-se manguito. Ao manguito está acoplado a um manômetro, que medirá a pressão do ar no seu interior.
## Procedimento
O médico posiciona o manguito no braço do paciente e coloca o estetoscópio sobre a artéria braquial. Em seguida, pressiona a bombinha, enchendo a câmara de ar e elevando a pressão no interior do manguito a valores em torno de 250 a 300 mmHg. Posteriormente, abre a válvula da bombinha e libera lentamente o ar de dentro do manguito, diminuindo a pressão em seu interior. O manômetro acusa essa queda contínua de pressão. Em um determinado instante, o médico ouve um som “surdo” — o ponteiro do manômetro quase sempre vibra. Leia-se aí a pressão sistólica (máxima). Imediatamente ao som surdo, surge um som “seco”. Algo do tipo: “TUMM – TA – TUMM – TA – TUMM – TA...” cada vez menos intenso, até desaparecer completamente. Ao último som “surdo”, associa-se a pressão diastólica (mínima), que corresponde à pressão na artéria durante o “refluxo” do sangue. O som seco indica o fechamento da válvula semilunar (de retenção), que impede a volta do sangue para o interior do ventrículo esquerdo.
## Como Funciona?
A grande pressão inicial do manguito apertando o braço provoca o fechamento da artéria, impedindo que o sangue possa fluir em direção às mãos. Os médicos dizem que a artéria está “colabada”. A pressão do sangue é insuficiente para abrir caminho. À medida que a pressão externa vai diminuindo, sua intensidade vai se aproxi- mando da intensidade da pressão sistólica. Quando se igualam, o sangue “descolaba” a artéria, forçando a passagem e provocando uma onda sonora, que corresponde ao primeiro “TUM”. O som é perfeitamente audível pelo fato de o manguito funcionar como uma caixa de ressonância, aumentando a sua intensidade. Além disso, essa onda se propaga no ar confinado na mangueira, que está acoplada ao manômetro, fazendo com que o ponteiro vibre. Assim a artéria “descolabada” volta a se fechar, mas não completamente, pois, apesar de a pressão externa ser menor que a máxima arterial, ainda é maior que a mínima arterial. Quando a pressão do manguito se iguala à menor pressão arterial, o som desaparece, na medida em que a artéria, em sua posição relaxada, já não perturba o ar no manguito... Quanto às pressões arteriais, sempre se ouve dizer que o perigo está no fato de a mínima ser alta, o que, de certa forma, é compreensível, já que ela corresponde ao refluxo do sangue na artéria. E, para que o sangue lançado pelo coração possa seguir seu caminho, é necessário que a pressão sistólica aumente ainda mais, exigindo do coração um regime de trabalho que vai desgastá-lo mais rapidamente.
"Texto retirado do Caderno do professor, do material do Ânglo"
Quem conhecer alguém que trabalhe na área de saúde, converse com ele e troque experiências. Se possível, conte-nos como foi a conversa!
Abraços.
Uma pergunta professor...Porque a sensação de quando o manguito aperta cada vez mais, da pra sentir, o coraçaõ pulsar mais forte o que gera um certo "desespero" a cada vez mais que está apertando?
ResponderExcluirAbraços